On terça-feira, 17 de janeiro de 2012 1 comentários


Há momentos em que não consigo escrever. Não importa o quanto tente, as palavras simplesmente não se adequam ao tema. Não fazem muito sentido, ao menos pra mim. Não expressam o que tenho em mente. Quando isto acontece, não adianta continuar, o resultado é conhecido: não conseguirei escrever, pelo menos não algo melhor ou no mínimo tão bom quanto me proponho a fazer.

Quando o assunto é mais sublime do que conheço, mais importante e infinitamente maior do que tudo que existe, quando o assunto é Deus ou algo referente a Ele, não posso ser negligente. Não devo, nem usarei minhas próprias e tão parcas palavras, não darei meu "toque especial", embora compreenda que meu estilo e mente são ferramentas que Ele usa. Mas não devo esquecer quem é o Mestre; sou apenas aprendiz.

Percebo que assim também ocorre na vida. Às vezes (será mesmo que só às vezes?) tentamos dar uma pincelada no quadro que não nos pertence. Achamos que nossa intervenção, conselho, nossas habilidades, experiências ou "maturidade" são necessárias e acabamos piorando tudo. Necessários para quem? Ou para quê? É quando nossos pensamentos se tornam os únicos a ter importância e nossas palavras, leis. Mas os problemas apenas aumentam e as decepções aparecem, então nos sentimos frustrados.

Tudo por que queremos dar uma "mãozinha" a Deus. Como se Ele precisasse disso! Por que é conveniente para nós. Aliás, tudo se trata disso: conveniências. "Se é conveniente pra mim, então tudo certo!"

O que falta para entendermos que Deus não necessita de ajudinhas? Ele é suficientemente Deus para conduzir o mundo e também nossa vida, suficientemente poderoso para realizar o impossível, forte para remover os muros e prisões que nos cercam, grandiosamente misericordioso para nos perdoar quando nos voltamos para Ele e extremamente gracioso para nos conceder vida quando o que merecemos é a condenação!

O que é uma mãozinha diante das mãos que criaram o universo? O que um homem debilitado pelo pecado pode fazer diante de um Deus santo e perfeito? "Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa." (Tiago 4.14)

"Conta a lenda que um agricultor estava revoltado com Deus. Achava que Deus não estava no controle do tempo como deveria. Havia sol quando devia chover, havia chuva quando devia haver sol e assim por diante. Após muitos confrontos, o agricultor conseguiu que, pelo menos um ano, Deus lhe desse o comando sobre o tempo. Todo feliz, preparou a terra, semeou o trigo e manteve o controle dos dias de chuva e dos dias ensolarados.

Viu satisfeito como o trigo germinava e crescia como jamais havia acontecido. As espigas se formaram enormes. Fez brilhar o sol para que o trigo estivesse maduro e seco para a colheita. Quando iniciou a colheita, com enorme desapontamento viu que as espigas estavam vazias. Havia esquecido do vento para provocar a polinização e assim a frutificação das espigas."

Esta pequena história nos dá noção de que Deus sabe o que está fazendo, ao contrário de nós muitas vezes. Deixemos, portanto, o controle nas Suas mãos. Ele é soberano na sabedoria, no tempo, na justiça, e em tudo o que possamos pensar. Faça-nos entender Senhor que Tu és Deus, e nós não somos! Ensina-nos em amor esta verdade!

Que Ele pois nos abençoe!

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