On sexta-feira, 12 de setembro de 2014 1 comentários


... E ali, escondido isolado, ouvindo a conversa do acusador, curtindo a vergonha no escuro, agora inseguro sem nenhum valor...”
(Paulo César - Logos)


Hamartia é o termo técnico teológico para a queda, para a decorrência do pecado. O sentido desta palavra é errar o alvo. Pecado é isto: você querer e saber que deve fazer uma coisa e acabar fazendo outra que vai de encontro ao que você crer, diz e quer fazer. Ambiguidade humana, mas, que desemboca, também, no espiritual e que traz conseqüências funestas.
Mas há os dois lados da moeda, como em tudo. Há os que ficam do lado de lá da queda. Estes olham os que caíram, os que pecaram e, do lado dela, podem tecer suas opiniões, emitirem seus juízos, exporem suas sentenças. Há os que preferem agir como Cristo, sem condenar o pecador, a despeito de odiar tenazmente o pecado e, dirigir um olhar de amor perdoador e restaurador, entendendo-lhe a mão, em graça e misericórdia.
Do lado de cá da queda é que a coisa é ruim. Não sei por que, a maioria dos que estão do lado de lá da queda, acham que o pecado é feito por decisão obstinada e puro prazer. Isto não acontece, não no cristão. Há uma luta, há uma guerra travada, há dor, culpa, medo, confusão (de ficar confuso mesmo), há uma contradição de princípios e valores horrorosa dilacerando a alma. Quem já esteve dos dois lados sabe muito bem que o lado de cá da queda é muito pior. É muito pior trair que ser traído, cair que ver cair, pecar que ser vitima do pecado. Sabe por que? Há dignidade no inocente, há honra para o traído... mas do lado de cá da queda não. Não há dignidade, honra, virtude, alegria, vitória, sucesso, prosperidade em quem cai, não há nada disso do lado de cá da queda. Quem está do lado de cá da queda, sabe de seu erro, e sente dor por si e pelos que faz sofrer. Quem cai sofre a tragédia de desagradar a Deus e aos seus e a si mesmo. Quem peca sabe da quebra das alianças e das conseqüências que já se paga quando no pecado está. Quem está do lado de cá, não precisa mais de acusação, já tem quem o faça: o diabo e todos, todos os seus secretários. Aliás, acusador e adversários são títulos do demônio que revelam sua ação e dos seus.  Quem está do lado de cá, não precisa e nem quer pena, nem dó de ninguém. Quem está do lado de cá, fica sabendo quem de fato é amigo, que não abandona mesmo odiando o pecado de quem peca, mas sabe que os falsos amigos todos vão embora e experimentará uma solidão avassaladora. Quem está do lado de cá da queda, sabe que vai pagar pelo escândalo de seu pecado, mas sabe também que aqueles que divulgam, disseminam, espalham o seu pecado, também são responsáveis pela disseminação do escândalo e vão pagar também, direitinho, é uma questão de tempo. Quem está do lado de cá, experimenta as dores, as angústias, o medo, o abandono, a solidão, a incompreensão, os julgamentos, as condenações, os olhares fulminantes... Quem está do lado de cá da queda, tal qual Davi, segundo o que escreveu nos salmos 32, sente na alma, no coração, na mente e no corpo, as marcas de seu pecado.  O humor cessa, os ossos doem, o semblante cai e o espírito se abate.
No entanto, quem está do lado de cá da queda, nós, os simples mortais que um dia caímos, pecamos, ao mesmo tempo que sofremos merecidamente tudo isso, usufruímos concomitantemente a graça imarcescível do Senhor. Encontramos seu olhar de amor a perdoar, às vezes no olhar de outros, de verdadeiros cristãos. Encontramos encorajamento, força, auxílio, direcionamento, cuidado, proteção, companhia, paridade, piedade, misericórdia, regaço, ombro, colo, bálsamo... porque do lado de cá da queda,embora pensemos que estejamos jogados e esquecidos, o Senhor está conosco, Aquele que anda conosco mesmo no vale da sombra da morte, não nos abandona do lado de cá da queda.
E nós... Bem. Devemos depender do Seu amor e imitá-lo no que tange a agir com os outros, não como os fariseus e escribas, flagrando com prazer, julgando com alegria e condenando com contentamento, mas compreendendo, amparando e soerguendo o pecador que não é obstinado, mas está arrependido. Quem hoje está do lado de lá, amanhã poderá está do lado de cá da queda.
Que Deus nos abençoe!

Rev. Aurélio Darlan

On terça-feira, 22 de julho de 2014 1 comentários

Boa tarde, amigos e leitores deste blog! Parece que por um tempo todo que posto começa com uma desculpa pelo tempo ausente; mas espero sinceramente que não dure mais do que o que já tem durado. Gosto muito de colocar um pouco de mim por aqui porque me sinto mais útil pra o Reino, quando o faço. Não que seja mais importante do que toda outra forma de se cumprir o ide do Senhor, até porque gosto mais do olho no olho.

Sinceramente também fico muito feliz em saber que também posso trocar uma ideia com você que pode estar distante ou bem distante. Quero que saiba que sua participação neste post, enfim, neste blog, é muito importante. Afinal nosso objetivo é que você possa construir esse post comigo e todos os demais com a gente e você está convidado a fazer isso por meio de seus comentários. Espero não ficar no monólogo que inicia isso, mas partirmos pra uma Conversa Decente Cristã. Sem mais pontos para blábláblômetro, vamos ao que mais interessa.



Hoje, me achei um lado bom da ter amanhecido com fortes sintomas de gripe e já que não pude trabalhar, assisti alguns filmes, dentre eles, Hércules. Então ainda tirando o máximo de proveito do meu estado (que não é bom, mas estou melhor agora), resolvi também escrever.

Enquanto assistia Hércules, observava e pensava nos tempos dos grandes reinados e suas conquistas. Todo reino era tomado à força, os soldados eram fieis, destemidos e davam suas vidas pelo seu rei, pelo reino, para defender sua coroa. É emocionante quando chega aquelas partes que vemos todos se disporem a lutar por Hércules, soldados e pessoas comuns, todos unidos para tomar o reino. Daí fiquei pensando sobre o Reino dos céus, aquele que também é tomado à força. Aquele que tanto falamos e na hora de testemunharmos, muitos de nós dá pra trás, tem vergonha.

Muita gente se lembra de todas as vitórias que seu “Flamengo” alcançou, contra quem foi, de quanto foi o placar... Mas quando perguntamos qual sua última vitória por Cristo, não lembra quando foi, sobre o que foi, como foi... Não lembra de nada e se a coisa apertar, nega Jesus ligeirinho. Fico pensando onde estão os cristãos como os primitivos que davam a vida pelo Reino. Tomamos partido por nosso time, nossos amigos, nossas opiniões; mas quando falamos de Jesus tudo se transforma. Nossos ideais são absolutos, nossa forma de se vestir vira a forma correta de fazê-lo, nossa forma de falar, a linguagem que usamos, se usamos ou não apetrechos... Tudo isso vira uma forma... Mas a nossa fé... Isso é relativo, cada um tem seu modo de pensar, religião não se discute, de Deus a gente até evita falar quando sabe que pode não ser bem visto, aceito, porque tem alguém ali que não acredita em Deus... Respeitamos eles, mas negligenciamos o ide, o Evangelho.

Onde estão os soldados que entenderam que foram alistados por Cristo para uma guerra? Aqueles que haja o que houver avançarão na luta pela expansão do Reino na terra. Que se oferecem em sacrifício, os candidatos à mártires?

Torcemos e distorcemos a verdadeira mensagem do evangelho. Agora, é só algo que se todo mundo fosse crente, o mundo seria um lugar melhor, porque crente não bebe, não mata, não faz filho antes do casamento... Mas quantos ainda têm em mente a volta de Cristo? Procure nos sermões de nossas igrejas aquele “Jesus está voltando!” Mas ouvimos muito aquele “sua vitória está a caminho, tenha paciência!” Muito venha a nós, “visite uma igreja mais perto de você”, mas pouco “ide e pregai o evangelho a toda criatura”. Falta o orgulho cristão. Não o orgulho doentio de achar que é melhor ou mais merecedor que os outros, mas o orgulhar-se de estar na presença de Deus, de servi-lo até o fim assumindo as consequências e riscos. Falta quem hoje esteja disposto a levar a preciosa semente andando e chorando, se esforçando, fazendo o que tem que ser feito, mas todos querem voltar sorrindo e trazendo os molhos.

Que a gente possa compreender o valor do que alcançamos pela graça de Deus, que é a salvação, mas que possamos não só entender isso, mas passar adiante, contar pra todo mundo, impensando no que podem ou não pensar sobre nós, no que pode ou não acontecer conosco. Avançar para expandir o senhorio e reinado, daquele que tem feito tanto por nós, seus humildes servos que nada merecemos. Avançarmos Pelo Rei, Pelo Reino e Pela Coroa da vida reservada para todo aquele que perseverar e for fiel até o fim.

Ahh... E falando em Reino, faz um bom tempo que não terminamos uma postagem aqui com uma boa música, acho que é uma coisa que não deveria ter parado. Então voltando aos bons hábitos, deixo pra você Whitecross, "In The Kingdom"!


Em amor e honra,
Alex Holliwer

On quarta-feira, 16 de julho de 2014 0 comentários


A origem latina da palavra, masturbare, é uma combinação de duas palavras. Manus (mão) e stuprare (desonrar, profranar), assim sendo originalmente masturbar significa “desonrar com a mão“.

Masturbação é pecado?
Se você conseguir se masturbar pensando em uma cachoeira ou numa paisagem, você é uma espécie digna de ser estudada.

Nossos olhos
O que nossos olhos vêem e lêem produz e controla a maior parte de nossos pensamentos. As Escrituras ensinam que os olhos são a “candeia do corpo” (Mt 6:22, 23) e que se os “olhos forem maus”, o corpo “será tenebroso”. Esta verdade descreve mais do que um fato físico. Refere-se ao que os olhos deixam entrar na mente.

Reflita sobre as seguintes observações:
A. Vejamos a definição de lascívia e luxúria: “Gratificação dos sentidos ou indulgência para com o apetite; dedicado ou preocupado com os sentidos” e “desejo sexual intenso”. A masturbação encaixa-se definitivamente nestas definições (veja Gl 5:19). Pode-se praticar a masturbação sem lascívia ou luxúria?

B. O teste seguinte é o de sua vida mental. Jesus disse: “Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para cobiçá-la, já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mt 5:27, 28). Quando uma pessoa pratica masturbação, o que se passa em sua cabeça? As cachoeiras de Paulo Afonso? Pode alguém se masturbar sem imaginar um ato sexual ou ao menos cenas sensuais? O que você acha? Se você pratica a masturbação, pode sua mente permanecer pura?

C. Em seguida, reflita sobre a santidade e a intenção da relação sexual no casamento. Sem sombra de dúvida, a masturbação é uma tentativa de experimentar as mesmas sensações que são atribuídas ao casamento. É um substituto do ato verdadeiro – uma farsa, uma falsificação, um dolo.

D. A masturbação é também totalmente egocêntrica. Uma das características do egocentrismo é a auto-indulgência. Paulo descreve o modo de vida de quem é controlado por Satanás, dizendo: “Todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (Ef 2:3).

E. Finalmente, a masturbação pode nos levar à escravidão. Quando uma pessoa é dominada por uma indulgência carnal, ela peca. “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências” (Rm 6:12). Paulo também diz: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (I Co 6:12). Você é escravo da masturbação?


Por isso, não espanque o palhaço.
Masturbação ou Onanismo: é a provocação do orgasmo através de excitações. A Bíblia não fala diretamente sobre masturbação, praticada fora das relações sexuais.


1. Há várias espécies de masturbação:
Muda: excitamento por pensamentos, leituras ou contemplação;
Manual: excitação praticada com as mãos nos órgãos sexuais;
Instrumental: excitação obtida através de instrumentos.

2. Motivos da Masturbação:
Acaso e curiosidade: encontrado geralmente em crianças.
Falta de relações sexuais: a pressão do instinto sexual sem a possibilidade do ato sexual, leva o jovem à masturbação. Animais se masturbam.
Hábito: quando a masturbação se torna um vício, ela é criativa e substitui o ato sexual.
Repugnância pelo ato: desvios no conceito moral e religioso sobre sexo.
Falta de excitação no ato: geralmente quem foi viciado em masturbação, mesmo casado tende a voltar à masturbação
Idade: em geral na puberdade entre 13 a 18 anos.
Pornografia: a maior causadora da masturbação. Leituras de revistas, filmes, pensamentos eróticos.

Comportamento e ambiente daqueles que ficam solitários, desocupados, não praticam esportes, ambientes longe da família como: internatos, prisões, acampamentos de trabalho, pensões, etc. O ambiente mais apropriado para masturbação é o banheiro e o quarto.

Outros motivos podem ser apontados como: timidez, desvios, etc.

3. Perigos da Masturbação:
Produz uma adaptação dos órgãos dos sentidos. No ato normal a pessoa pode ficar insatisfeita. Não produz satisfação: sendo uma manobra desviada do natural não produz uma satisfação verdadeira. Egoísta e solitária.
Atinge a mente: no ato, o cérebro recebe excitação exterior de um fato real. Na masturbação, tem que ser produzida artificialmente pela imaginação.Causa tristeza: tudo que não tem razão de ser, entristece. No final, em vez da união, descobre-se a solidão.
Leva a intemperança (falta de controle) por ser de fácil execução, a qualquer hora e em qualquer lugar. A masturbação não satisfazendo totalmente, leva a pessoa a praticá-la cada vez mais, chegando às vezes ao esgotamento dos órgão genitais, e cerebral.
Frieza espiritual. Todo jovem ao fim de uma masturbação sente a culpa do pecado de ter pensado numa mulher ou homem, e de ter feito algo anti-natural. Satanás se aproveita para acusá-lo e ele não tem coragem de confessar a Deus e pedir-lhe ajuda.

4. Medidas contra a Masturbação
Admitir que é um erro espiritual, um erro moral e físico.
Procurar esclarecimento das causas e efeitos da masturbação.
Procurar ajuda de Deus ou de outra pessoa, se abrindo em segredos. Não pense que é só você que se masturba, quase 100% dos rapazes fazem isto.
Evite literatura pornográfica, como filmes, e pensamentos eróticos.
Não fique com a mente vazia deitado até tarde.
Não demore no banheiro, nem no chuveiro, deixe a porta destrancada.
Todas as vezes que você se masturbar, confesse e peça a Deus que lhe ajude!
Lembre-se que você é uma nova criatura! E quando a tentação chegar, peça ao Espírito Santo para defendê-lo e ajudá-lo.
Se você não aprendeu ou ainda não se masturbou, não procure aprender, ou não se masturbe, pois você só tem a ganhar com isto. Não existe nenhum mal para a saúde naqueles que não se masturbam. Naturalmente, o corpo expele qualquer excesso por meios naturais, a POLUÇÃO NOTURNA. Não pense que as pressões sexuais vão lhe atingir psicologicamente.



Fonte: SexxChurch

On segunda-feira, 14 de julho de 2014 0 comentários



Houve alguma vez em seu pensamento algo que não iria lhe edificar, ou pior, algo que mais parecia um convite para um pecado? A resposta é sim! E isso acontece porque a natureza do homem é inicialmente corrompida, inclinada para o mal por causa do pecado original (o primeiro pecado da humanidade cometido por Adão). Podemos observar em Efésios 2.1-3:

“Ele nos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne, e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.”

O homem, inicialmente feito à imagem e semelhança de Deus, perdeu esse “status” quando Adão pecou, por isso todos nós herdamos as consequências do seu pecado. Antes eramos perfeitos na graça de Deus (Gn 1.31), agora imperfeitos e com um coração impuro (Mt 15.18-19), somos inclinados para os desejos da carne, ou seja, para os nossos desejos egoístas.

Não me surpreende saber que pensamentos impuros possam surgir em nossas mentes (Ef 4.17). Pensamentos a cerca de coisas ruins, que se realizadas se tornariam um pecado explícito. Isso é bem lógico uma vez que “a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice” (Gn 8.21). Por isso a necessidade da santificação e a busca pelo Fruto do Espírito Santo, precisamos deixar que Deus converta essa natureza “carnal” em uma natureza santificada através de Sua graça e misericórdia.

Mas, antes de falar mais sobre os pensamentos e a relação destes com a tentação e o pecado eu gostaria de falar um pouco sobre o Fruto do Espírito. É muito importante dizer como filhos de Deus que durante toda a nossa caminhada cristã sempre seremos confrontados com uma escolha de duas possibilidades: Escolher fazer algo ou alguma coisa pela nossa própria vontade ou através da vontade de Deus. O mais interessante é que a cade vez que escolhemos fazer a vontade de Deus, passamos a entendemos que a vontade Dele é boa e agradável para as nossas vidas (Rm 12.2).

Deus quer que busquemos o Fruto do Espírito, porque a vontade dele é que sejamos santos (Gl 5.25) e o Fruto do Espírito é uma consequência natural da busca diária pela santidade. Podemos entender melhor o que é o Fruto do Espírito em Gálatas 5.22-23:

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.”

Em todo o capítulo cinco desse livro poderemos entender as diferenças entre o fruto do Espírito e os desejos da carne. De qualquer forma, eu resumo isso ao entendimento de que o Fruto do Espírito diz respeito a um conjunto de atitudes demonstradas por Jesus Cristo, enquanto os desejos da carne estão relacionados ao que provém da inclinação do homem para o mal. Observe que mais uma vez você se depara com uma situação em que há uma escolha de duas possibilidades: Manifestar em nossas atitudes o Fruto do Espírito ou os desejos da carne.

“Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança ...” (II Tm 3.10)

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.” (Cl 3.12)


Vamos lá, isso não é tão difícil de compreender. Vou lhe dar um exemplo:

Ao entrar em casa o sofá está destruído, a geladeira revirada, existe papel higiênico espalhado por toda a sala e o querido Totó (Cachorro de estimação) esteja ali, quietinho no meio dessa confusão, abanando o rabo porque o seu tão querido dono acabou de chegar. Já vi esse cenário antes! Conheço muitas pessoas cuja primeira reação seria gritar bem alto: “Seu cachorro a$¨@*(&#!”. Certamente essa pessoa acabou xingando o coitado do cachorro que havia feito uma boa festa na ausência de seu dono. Observem que o dono do cachorro foi impulsivo e não teve controle de si mesmo. Uma outra possibilidade seria o dono do cachorro manter a calma, se controlar e ir resolver tal situação com calma e paciência, pois, no final das contas não há muito a ser feito além de pegar a vassoura, a pá, e ir limpar toda essa bagunça. Estão vendo como é importante buscar o fruto do Espírito? Uma das atitudes do fruto do Espírito é o autocontrole, domínio próprio, portanto, inaceitável é a atitude de alguns cristãos em dizer que determinada atitude ou reação pecaminosa teve origem a partir de uma impulsividade.

Veja só, fale: “Eu amo Jesus Cristo”. Antes de você falar você teve que pensar em cada palavra, em cada letra, na construção das palavras através das letras, na fonética exposta por cada palavra, na junção das palavras para a construção da frase, na exteriorização da frase com relação ao seu significado até que de fato você possa falar essa frase. Tá certo, parece um pouco maluco dizer que você fez isso tudo em uma fração de segundos e ainda pensou em cada etapa, mas realmente, isso aconteceu!

Você já não percebe tudo isso com tanta clareza porque durante toda a sua vida você fez isso, desde criança, quando estávamos aprendendo as nossas primeiras palavras, quando começamos a estudar nas aulas de português a junção das letras formando sílabas que por fim virariam palavras, no ensino médio estudamos a composição de uma frase através de palavras, e por aí vai... Até mesmo para aqueles que nunca frequentaram uma escola isso é bastante claro, pois durante toda a nossa vida nós aprendemos a nos comunicar e o ato de se comunicar se torna um processo lógico ao longo do tempo.

Outro erro bastante perigoso é atribuir um pecado a algo que aconteceu “por acidente”. Imaginem se toda e qualquer circunstância se transforma em um “pecado por acidente”? Deus foi bem claro a respeito disso falando conosco através da bíblia, o nosso papel é ser fiel a Ele e confiar Nele (Gl 5.13, Ef 4.30, I Ts 5.22-23, II Ts 3.3). Um pecado por acidente, é um pecado com um “acidente” proposital, planejado, a mesma velha história da má interpretação da definição de pecado “errar o alvo”, quando na verdade aquele que errou o alvo sabia onde o alvo estava e para onde apontar. Não ficou claro? Veja o que está escrito em I Coríntios 10.13:

“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.”

Essa passagem da bíblia nos diz pelo menos três coisas:

1) Todas as tentações que você enfrenta ou enfrentará serão as mesmas que os outros enfrentarão. Se existe alguém que está passando por uma dificuldade muito grande, pode ter certeza que existem outras pessoas que estão passando por uma dificuldade semelhante ou pior.
2) Deus é Fiel, Ele não permite que sejamos tentados além do que podemos suportar, além de nossas forças.
3) Junto com a tentação recebemos também o livramento, no final das contas cabe ao cristão escolher o caminho do livramento ou o caminho do pecado. Sempre poderemos nos livrar das tentações.

Glória a Deus, como ele é maravilhoso, junto com a tentação ele provê também o escape!
E mais um vez voltamos para o dilema dos dois caminhos, uma escolha a ser feita com duas possibilidades, ou escolhemos o caminho do livramento ou escolhemos o caminho oferecido pela tentação (o pecado), mesmo que esse caminho seja difícil ou árduo. Mateus 7.13-14:

“Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.”

Em João 17.6 está escrito:

“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”

Chegamos à conclusão de que sempre seremos tentados, mesmo que a tentação seja muito “forte”, sempre teremos a opção de escolha e a opção mais difícil será aquela pela qual demonstraremos verdadeiramente o nosso amor por Deus.
O processo de tentação não é tão complicado; seremos tentados a um mal, teremos a opção de fugir desse caminho mal, caso concordemos com esse caminho mal, ou, caso tenhamos prazer desse caminho mal (que é uma outra forma de concordar) então teremos pecado.

Não existe pecado sem tentação, mas existe tentação sem pecado. É por isso que todo pecado começa nas mentes das pessoas, nos pensamentos, pode ter origem externa ou interna. Tem origem externa quando, em uma determinada situação, eventos estão acontecendo no momento em que a tentação surge e tais eventos estão diretamente ligados à tentação, como por exemplo um homem em pé distraído no meio da rua e uma mulher de repente surge fazendo striptease.

A tentação pode ter origem interna quando o coração do homem está poluído com algo e esse algo se torna uma “brecha” para a tentação, por exemplo, o mesmo homem do exemplo anterior tem problemas na área sexual e do nada surgiu o pensamento a cerca de uma mulher fazendo striptease.

Para ser mais claro vou dar outro exemplo, uma pessoa que tem prazer em roubar, encontra-se com determinado objeto que tanto deseja e o rouba. Ele foi tentado no momento em que viu o objeto que desejava (motivação externa), mas, apesar disso, ele tinha antes o prazer e o hábito de roubar (motivação interna). Em um processo de tentação a motivação pode ser, tanto externa, quanto interna ou até mesmo ambas. O fato é que, antes do ladrão roubar ele teve que concordar ou ter prazer na ideia de roubar o objeto antes do momento de ir lá e “meter a mão”.

A tentação pode ter motivação/origem interna ou externa, mas o pecado tem origem interna, porque O HOMEM que foi tentado ESCOLHEU pecar. Mais ainda, o pecado tem origem no pensamento, porque antes dele executar o ato pecaminoso, em seu pensamento ele teve que concordar em realizar tal ato ou até mesmo ter prazer na realização do ato pecaminoso.

Existe um processo simplificado para a origem do pecado, no pensamento, através da tentação. Primeiro surge um pensamento, a tentação, logo em seguida aquele pensamento começa a ficar forte. Até aqui não houve pecado – porém nesse ponto o tentado tem uma escolha a ser feita. Logo em seguida, aquele que está sendo tentado começa a ter prazer naquele pensamento mau e por fim ele concorda com o pensamento mau. Se no momento em que o pensamento ficou forte o tentado fugisse daquilo, daquela tentação, escolhesse fazer qualquer outra que não fosse concordar e/ou ter prazer no infeliz pensamento, então o tentado teria escolhido a porta estreita, o caminho difícil e teria escolhido o livramento ao invés de satisfazer os desejos da carne.

Em uma aula de Escola Bíblica Dominical eu ouvi o testemunho de uma irmã a respeito do que ela faz para se livrar do pensamento mau (tentação) quando este fica forte. Ela disse que simplesmente começa a cantar louvores, então o pensamento mau vai embora. Esse testemunho edificou muito a minha vida, porque desde então quando estou triste a primeira coisa que eu faço é escutar algum louvor e então a tristeza vai embora. A tristeza pode ser uma forma de tentação. Existem muitas coisas que muitas pessoas fazem para não cair em tentação, vai do esforço pessoal de cada um e da disposição do seu coração em seguir caminhos determinados por Deus.

Quanto estou sofrendo uma tentação eu digo (mentalmente): “Deus, guia e protege os meus pensamentos, guia e protege as minhas atitudes, guia e protege os meus olhos, conduz a minha vida conforme a Tua vontade, livra-me dessa tentação porque eu te amo e não vale a pena me afastar da Tua presença!”

Para finalizar, faço novamente a mesma pergunta do começo deste artigo:

Alguma vez, houve em seu pensamento algo que não iria lhe edificar, ou pior, algo que mais parecia um convite para um pecado?

A minha resposta é: Sim! E muitas vezes eu pequei no mesmo pensamento, confesso! Já tive prazer com determinado pensamento mau, outras vezes concordei com um pensamento mau, alguns com os quais eu concordei eu os realizei, já entristeci pessoas com palavras, já entristeci pessoas com atitudes e tenho plena consciência de que, ao pecar, antes, eu havia concordado com o pecado no pensamento, o fato de realizar o pensamento mau ou exteriorizá-lo foi um outro pecado; ao final das contas um abismo sempre leva a um outro pior. Não tenho orgulho de qualquer destas coisas, saiba que o pecado dói e o seu preço é muito alto!

Isso não quer dizer que eu não esteja buscado os caminhos de Deus, a cada dia eu procuro me santificar, manifestar o Fruto do Espírito e a cada dia essa tarefa se torna menos difícil para mim. Dia após dia eu compreendo que, apesar de estreita a porta e difícil o caminho, vale a pena escolher a vontade de Deus para as nossas vidas.

“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12.2)

Francisco Caio Silva Ladislau

On sábado, 5 de julho de 2014 1 comentários


Oi, galera.
Tava pensando esses dias numas paradas sinistras que vejo acontecendo com o povo de Deus.
Eu me peguei pensando sobre a turma de Calvino e de Armínio que vive se matando, teologicamente, na tentativa de provas seu ponto de vista. Eu, mandando a real mesmo, não consigo sacar qual é a dessa turma. Será que eles não assimilaram o que Paulo escreveu sobre essas tretas?

Paulo escreveu a primeira carta pra os caras da igreja que ficava na cidade de Corinto mais ou menso no ano 56 d.C., ou seja, se passaram cerca de 1958 anos e essa turma ainda não absorveu a parada que ele disse.

Se ainda não tão ligados na real, olha aí:

“Manos, eu não comecei a ensinar a parada mais hard sobre Deus porque vocês são café com leite. Vocês ainda tão no Leite ninho porque se eu dé carne vão morrer engasgados. E ainda não posso dar, tão ligados? Vocês ainda são um bando de moleques na fé, porque vivem cheios de tretas de invejas entre vocês. Quem fica esnobando o irmão dizendo, “sou calvinista” ou “sou arminiano” é prego. Na moral, quem é Calvino e quem é Armínio, senão peças do grande tabuleiro de Deus, usadas pra pregar o evangelho a vocês conforme o próprio Senhor manifestou a eles? Um colocou a semente e o outro molhou mas quem dá o crescimento é Deus, manos. Cara, o que planta e o que rega tem o mesmo objetivo que é o de ver crescer, mas só cresce porque Deus coloca a mão dEle. Calvino e Armínio trabalham para o mesmo Senhor; vocês são plantação de Deus, são uma obra que ele está construindo.”

1 Coríntios 3:1-9 - Paráfrase minha.

Eu troquei de propósito os personagens  e a linguagem pra que isso fique na cabeça de vocês. Se vocês vivem nessa vibe de “sou calvinista” ou “sou arminiano”, tudo bem. Não tem problema com isso. Vocês podem até discutir sobre isso de maneira sadia com um amigo. Mas, manos, não entrem em rachas sobre essas paradas porque isso é zica. Vocês não vão ganhar nada, muito pelo contrário, vão perder uma amizade e Deus nos chamou pra sermos um só corpo.

Se a gente crer que Jesus é a cabeça da Igreja e sacamos que somos o corpo, tenho certeza que não vamos querer perder nem um dedo por nenhuma babaquice, né?. Vamos parar de ser moleques, por favor. Vamos tomar vergonha e aprender isso logo de uma vez.

Em sincera União.

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