On domingo, 15 de agosto de 2010 6 comentários


Boa noite, pessoal. Hoje, iremos conversar sobre a verdade e suas características. Partindo do ponto de que tudo o que ocorreu foi para que se cumprissem as Escrituras, não podemos nos esquecer de que os personagens reais do texto de hoje eram livres para fazerem suas próprias escolhas e não fantoches. Preparados? Vamos em frente.


"Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade?" (João 18. 37-38)

No contexto específico onde se encontra o fragmento citado acima, temos o seguinte quadro: Jesus está perante Pilatos, sendo interrogado por este a respeito das acusações que pesavam sobre ele. A esta altura, Cristo já havia passado pela traição de Judas, a negação de Pedro e o abandono dos discípulos e falsas acusações perante Caifás, o sumo sacerdote.

Desde o princípio , estava claro para Pilatos a inocência de Jesus, e que tudo não passava de uma trama dos fariseus, motivada unicamente por inveja, cobiça e um forte legalismo que imperava, e que longe de conduzir a uma vida de paz e arrependimento genuíno, resultava apenas em uma hipocrisia mórbida.

A verdade estava estampada, nos olhos, na voz, nas próprias ações do Salvador, mas existia algo que vendava os olhos e cegava o entendimento de Pilatos, de forma que não conseguia compreender em toda sua extensão o que de fato significava a verdade, além disso, uma diferença latente pulsava no ar, algo que o incomodava, de modo que ao escutar as palavras de Cristo, ele não pôde se conter, daí a pergunta: "Que é a verdade?"

Aqui podemos perceber a própria essência da verdade: a verdade "perturba", confronta diretamente aqueles que se deparam com ela. Pilatos não somente desejava saber no que consiste a verdade como também tentava, de todas as formas, conciliar o que sua consciência tinha lhe revelado - a inocência de Jesus - com a autoridade que possuía e o jogo existente entre o poder político e o espiritual.

Uma segunda característica da verdade é que ela liberta. O Evangelho de João está repleto de citações que afirmam isso.

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (João 8:32)

Voltando ao nosso texto, vemos a realidade destas palavras: a verdade de Cristo o libertava da opressão daqueles momentos terríveis que antecederam sua morte, das mentiras diabólicas que tentaram - mas não conseguiram - frustrar o plano eterno de salvação e de uma autoridade que Pilatos pensava possuir: "Então Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar? Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim , se de cima não te fosse dada". (João 19. 10-11a)

Ao passo que, Pilatos, cada vez mais, ficava temeroso por sofrer do que podemos chamar de síndrome do poder infundado - conflito entre sua consciência que apontava para a verdade e que o levaria a tomar a atitude correta, e a decisão de manter a ordem pública, a "amizade" com César e consequentemente seus próprios interesses, a posição de governador - tudo isto porque não possuía a terceira característica da verdade.


A pergunta ainda vagava pela sua mente: "Que é a verdade?" E aqui estamos chegando no âmbito da questão. Jesus disse que todo aquele que é da verdade podia ouvir Sua voz. Estamos quase lá! Fazendo um rápido paralelo, João 1.1 diz que: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus". Mas adiante, no verso 14, encontramos: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos sua glória, glória como do unigênito do Pai."


E a chave da questão está bem clara na oração sacerdotal de Jesus, João 17. 7: "Santifica-os na verdade, a Tua Palavra é a verdade."

A Bíblia nos diz que Jesus é o logos de Deus (logos - do grego, que significa palavra). Portanto, Ele é a palavra de Deus, que habitou entre nós, e como tal, Jesus é a verdade. "Eu sou o caminho, a verdade e a vida". (João 14. 6)

A ironia de tudo isto é que Pilatos estava na presença da verdade o tempo todo, podia ver seu impacto, sentir seu poder, porém era deficiente para ouvir sua voz e atender ao seu chamado , porque ele não era da verdade; logo, não podia escutar a voz de Jesus, a verdade de Deus.

Ainda hoje, muitos estão à procura da verdade, mas de uma verdade que lhes satisfaça os prazeres, que concorde com suas ações e pensamentos, meias verdades que conciliem seus objetivos e benefícios. Muitos acreditam em verdades relativas, poucos são, entretanto, os que buscam a verdade, que é absoluta, justa, íntegra, libertária, que nos confronta, nos leva ao arrependimento, a uma mudança radical de vida, e principalmente, a única verdade que nos dá livre acesso a Deus, e nos preparou um lugar no céu.


Se você não está preparado para mudar de atitude, de vida, certamente não está pronto para um encontro com Jesus, porque quando alguém se encontra com Ele nunca mais é o mesmo! Quer um bom exemplo disso? Saulo de Tarso, perseguidor implacável dos cristãos, fariseu, que não somente teve seu nome mudado para Paulo, mas também tornou-se perseguido, apóstolo de Cristo, disposto a gastar sua vida para proclamar ao mundo o amor e a Palavra de Deus.

E você? Corra o mais veloz que puder, busque com todas as forças a Jesus, pois cedo ou tarde, não importa, todos, sem exceção, temos um encontro marcado: com a Verdade.

On domingo, 8 de agosto de 2010 6 comentários

 Olá, meus caros amigos e leitores.  Como estão passando esses dias eleitorais? Espero que estejam todos bem. Hoje irei aproveitar esses dias para deixar algumas observações que acredito ser de muita valia para todos nós refletirmos.


 Eu creio que todos já devem ter observado o quanto se fala em trabalho e o quanto se trabalha nesses dias. Ultimamente já estou ficando enjoado de ver tanta gente tomando o solzão de Petrolina e região, segurando uma bandeira, ou uma faixa, ou coisas do tipo, para alavancar a campanha de seu candidato, torná-lo mais popular, e porque não ir direto ao ponto e dizer: para pregá-lo para o máximo de pessoas possível.

Tenho visto crentes, discutindo por motivos políticos e semeando contenda pelo seu candidato. Pessoas e igrejas estão inteiramente envolvidas de corpo e alma neste trabalho. Mas, e a pregação do evangelho? Será que anda da mesma forma? Em todas as denominações há escasscês de trabalhadores, e olhe que temos um retorno muito superior nesta obra. Os gabinetes e comitês dos candidatos evangélicos estão mais cheios de crentes do que nossos grupos de evangelismo. Não se vê tanta gente entregando literatura cristã, quanto as que distribuem os "santinhos" em todos os pontos da cidade e até em ônibus, escolas, casas e todos os demais lugares que seja possível se pensar. Mas... Esses não seriam os lugares onde o evangelho deveria ser pregado? Homossexuais, prostitutas, lésbicas, homicidas, viciados e todas as classes sociais são alcançados pelas propagandas eleitorais. Essas não são as  pessoas que deveriam ser alcançadas pelo evangelho? O bombardeio político vem em forma de comerciais de TV, revistas, jornais, panfletos, outdoors, adesivos, camisas e toda sorte de materiais publicitários. Mas... Esses não deveriam ser, meios usados para pregação do evangelho?

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. (Mc 16:15)
Quantos votos você é capaz de ganhar para seu candidato em uma semana? E quantas almas perdidas você foi capaz de ganhar para o SENHOR em um ano? Na maioria dos casos nossas semanas são bem mais produtivas pra nós e nossos problemas do que um ano poderia ser para o SENHOR. É verdade, estou escrevendo e meditando em minhas próprias falhas também. A política tem corrompido grande parte da população brasileira e inativado muitos homens e mulheres que tinham uma visão focada no evangelho. Cantores, obreiros e até pastores tem deixado seus ministérios e ovelhas para entrar de cabeça nessa disputa pelo poder político. Claro que precisamos de pessoas nossas lá dentro para defender nossos interesses como cristãos, mas, com ou sem eles "O mundo jaz no maligno" e vai de mau a pior. Será assim. Ou não cremos que Cristo voltará? Se cremos, devemos crer no pacote completo, não tem como selecionarmos os cumprimentos preferenciais.


Hoje gostaria de lembrar a todos o lançamento de uma "candidatura diferente" anunciada e milhares de de anos atrás. Meu candidato? Jesus Cristo, para Salvador de sua vida. Ele depende unicamente do seu voto de confiança para mudar sua vida, seu bairro, sua cidade e até mesmo seu país. Ele nunca deixou de cumprir nem uma de suas promessas, nunca iludiu seus seguidores, ainda que algumas de suas palavras tenham sido duras demais, nunca deixou de falar a verdade, lutou até a morte (e morte de cruz) e ressuscitou ao terceiro dia, para que hoje tivéssemos liberdade e vida em abundância. Trouxe liberdade aos cativos, saúde perfeita aos enfermos, visão aos cegos, voz aos mudos, sons aos surdos e ainda trouxe vida aos mortos. Nunca pecou e ainda assumiu por nós, os nossos pecados. Ele é perfeito, santo e incorruptível. E você acredita que Ele ainda nos quer como cabo eleitoral dEle?

Se é pra sair por aí promovendo algo, que seja o evangelho. Por Ele ValeMais do que por qualquer outra coisa no mundo. Já conversamos demais... Agora, mãos a obra...

Em Cristo Jesus,
Alex Holliwer

OBS: Mas, quando for votar no dia 3 de Outubro. Vote consciente e saiba que ninguém pode comprar seu voto nem escolher seu candidato. Estude seu candidato e analise se ele está cumprindo com seus deveres. Democracia é isso.

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