A Bíblia conta uma história sobre um rei que resolveu dar um banquete pela ocasião das bodas do seu filho. (Mateus 22.1-14) O curioso é que os convidados não quiseram ir. O mais surpreendente é que este mesmo rei enviou seus servos para as estradas a fim de reunirem a todos os que encontrassem, sem distinção, bons e maus.
"O reino é uma mesa de ouro e todos nós somos mendigos." Diante desta constatação, o único requisito para que estejamos sentados ao seu redor é a Graça! Ela permite o acesso tanto de fariseus convencidos quanto de cobradores de impostos desonestos. Do mais rico ao mais humilde, do homem são ao doente em estado crítico. Por meio dela, o ladrão, réu confesso, recebe perdão e adentra as portas do reino incondicionalmente.
Poder, fama, riquezas, popularidade, sucesso... Não são importantes aqui, pois nenhuma destas coisas reduz a verdade de quem somos - maltrapilhos que necessitam desesperadamente do alimento substancial desta mesa. Pecados, angústias, estigmas, limitações, não podem impedir que o convite da Graça chegue a nós, porque ela se estende a todo aquele que reconhece o quão quebrado está. "O homem nasce quebrado. Ele vive para ser remendado. A graça de Deus é a cola." (Eugene O' Neil)
Todos nós somos como cegos tentando encontrar o caminho. Máscaras e lisonja não são necessárias. Não precisamos agradar ao dono da festa, isso não nos trará mérito algum, porque afinal, não temos mérito algum. É Graça! Pura, sem medida e real! A única coisa que podemos fazer é aceitar o seu convite e participarmos de uma refeição jamais encontrada em qualquer outro lugar!
Os sapatos estão gastos de andar por estes desertos, e nossos pés, doloridos, mas os sussurros da Graça nos asseguram não um caminho mais fácil, porém a certeza de uma estrada que nos conduzirá até ao lar. De forma impensável e maravilhosa, o céu está aberto, e isto não é feito nosso. Foi o dono da Graça, o despenseiro de tão inefável amor. Afinal, "não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais, não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos!" (Philip Yancey)