On domingo, 19 de fevereiro de 2012 4 comentários


A Bíblia conta uma história sobre um rei que resolveu dar um banquete pela ocasião das bodas do seu filho. (Mateus 22.1-14) O curioso é que os convidados não quiseram ir. O mais surpreendente é que este mesmo rei enviou seus servos para as estradas a fim de reunirem a todos os que encontrassem, sem distinção, bons e maus.

"O reino é uma mesa de ouro e todos nós somos mendigos." Diante desta constatação, o único requisito para que estejamos sentados ao seu redor é a Graça! Ela permite o acesso tanto de fariseus convencidos quanto de cobradores de impostos desonestos. Do mais rico ao mais humilde, do homem são ao doente em estado crítico. Por meio dela, o ladrão, réu confesso, recebe perdão e adentra as portas do reino incondicionalmente.

Poder, fama, riquezas, popularidade, sucesso... Não são importantes aqui, pois nenhuma destas coisas reduz a verdade de quem somos - maltrapilhos que necessitam desesperadamente do alimento substancial desta mesa. Pecados, angústias, estigmas, limitações, não podem impedir que o convite da Graça chegue a nós, porque ela se estende a todo aquele que reconhece o quão quebrado está. "O homem nasce quebrado. Ele vive para ser remendado. A graça de Deus é a cola." (Eugene O' Neil)

Todos nós somos como cegos tentando encontrar o caminho. Máscaras e lisonja não são necessárias. Não precisamos agradar ao dono da festa, isso não nos trará mérito algum, porque afinal, não temos mérito algum. É Graça! Pura, sem medida e real! A única coisa que podemos fazer é aceitar o seu convite e participarmos de uma refeição jamais encontrada em qualquer outro lugar!

Os sapatos estão gastos de andar por estes desertos, e nossos pés, doloridos, mas os sussurros da Graça nos asseguram não um caminho mais fácil, porém a certeza de uma estrada que nos conduzirá até ao lar. De forma impensável e maravilhosa, o céu está aberto, e isto não é feito nosso. Foi o dono da Graça, o despenseiro de tão inefável amor. Afinal, "não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais, não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos!" (Philip Yancey)


4 comentários:

Fernando Saraiva disse...

Olá Gerlane,

Em seu livro A Maravilhosa Graça Phillip Yancey, resumiu muito bem a Graça, como a última palavra perfeita. Perfeita pois seu significado é completo, não corruptível, não vendível, não comprável...

Nenhum tipo de penitencia nos aproximará mais de Deus, [não fará com que ele nos ame mais], no entanto, é o que mais vemos, são pessoas se flagelando, se torturando, se punindo, justamente por acreditarem que podem agradar Deus com seu sofrimento, que podem “forçá-lo” a presentear-lhe com algo, que Ele mesmo da gratuitamente. Por outro lado também enxergamos aqueles que se inflamam em sua própria e mesquinha religiosidade, “santidade” e honradez para se justificarem diante do próximo e até mesmo diante de Deus como fez o fariseu em relação ao publicano.

As parábolas do filho prodigo e do fariseu e o publicano, são apenas duas das inúmeras alegorias dessa graça... O retorno aos braços do Pai, um pai que não estava ressentido com o filho, mas sim alegre porque aquele que havia morrido, reviveu, aquele havia se perdido, e foi achado [Oh Glória]. Acho, encontrado, cercado, transbordado pela Maravilhosa Graça de Deus.

Finalizo este comentário com um pequeno trecho do Sínodo de DORT “Os eleitos não são melhores ou mais dignos que os outros, mas envolvidos na mesma miséria.” De fato, somos todos mendigos!!!

Parabéns pelo texto. Sempre consistente e preciso.!!!

Que o Eterno de abençoe, sempre na medida certa!!

Gerlane G. Oliveira disse...

Oi Fernando,

engraçado, hoje estava relendo esta parte que você citou do Maravilhosa Graça do Philip Yancey,realmente um livro incrível!

Em nossos dias, a graça, em seu sentido mais preciso, e sua abrangência tem sido negligenciada. E por esta razão, tem seu significado e vivência na prática deturpados.

É sempre bom trazermos à memória que não somos merecedores de nada. Mas o fato de que Deus nos amou de tal forma a ponto de nos enviar Cristo, deve nos impulsionar a sermos despenseiros da Sua infinita e maravilhosa Graça.

É muito bom poder contar com amigos como você. Obrigada por ser sempre presente. Que a surpreendente graça de Deus continue sendo derramada sobre sua vida!

Paz!

Anônimo disse...

Olá ! Como você se sente sobre jovens compositores ?

Gerlane G. Oliveira disse...

Olá anônimo.
Estou vendo seu comentário agora, e por isso a demora em responder, perdão.

Depende muito do jovem compositor. Tenho visto muitos jovens despontando nesta área e o que tenho ouvido tem sido muito agradável. Cito aqui, por exemplo, Thiago Grulha, Crombie, Aerolis e Palavrantiga.

Nestes tempos em que temos mais do mesmo, estes, entre outros, têm trazido novas experiências e principalmente músicas de conteúdo que nos permitem pensar e questionar sobre o que temos ouvido, lido e também vivido.

É claro que com o passar dos anos, o compositor vai adquirindo maturidade e fazendo melhores músicas - é o que se espera, ao menos, porém, também temos experiências nada agradáveis neste quesito - mas o jovem compositor contribui com sua própria história e vivência para composições mais maduras, diferentes, e extremamente tocantes e significativas.

Espero ter ajudado. Fica na paz.

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