Olá queridos leitores. Que a paz do SENHOR seja com cada um em particular. Em primeiro lugar gostaria de agradecer a DEUS pelo presente que me concede, também pelo passado e pelos Seus planos para meu futuro. Também sou grato a cada um de vocês em particular por prestigiar este blog com alguns de seus preciosos minutos e por seus comentários registrados aqui.
Domingo passado (29/11/2009), presenciei uma cena que não sai de meus pensamentos. Era um Domingo de manhã quase como todos os outros (pelo menos pra mim). Indo ao meu escritório pegar minha câmera e alguns cartões de visita para cobrir um evento em outro bairro, passei em frente a um determinado templo evangélico. Acontecia naquela manhã uma Escola Animada, com muita gente e uma recepção formada por umas oito ou doze pessoas posicionadas a porta do local. Então vi uma mulher, morena, de aspecto sofrido, entre 35 e 45 anos (creio eu), agachada, lavando alguns poucas peças de roupa e se banhando (vestida, logicamente) na praça da igreja a uns dez ou quinze metros da porta, dos(as) recepcionistas e de todos que entravam ou saíam daquele lugar.
Eu estava demasiadamente apressado, meu pai passaria pra me pegar no escritório em uns 5 minutos talvez, para me deixar na COHAB VI para cobrir o aniversário do conjunto eletrônico da igreja local e eu não poderia faltar com aquele compromisso, por já haver falhado com outros. Lamento-me muito, embora tenha a plena certeza do perdão completo, por não haver ganhado aqueles poucos minutos falando de JESUS para aquela mulher.
Uma coisa me chamou muito a atenção naquela manhã. Eu podia ouvir aquele culto a uns 400, talvez 500 metros de distância. Sua teoria ia muito longe; mas suas mãos não alcançavam 10 ou 15 metros.
Talvez seja por casos como este, que muitos abandonam a fé e outros até perseguem-na. Os “cristãos” atuais, em sua grande maioria, não pregam mais o Evangelho para deficientes físicos com medo de ter de empurrar sua cadeira de rodas até a igreja num Domingo de manhã, não o pregam pra um deficiente mental por que não crêem que eles passam compreendê-lo e até mesmo aceitá-lo não conhecendo o que disse Isaías no cap. 35 e vers. 8 (“E ali haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para aqueles; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão.”). Muitos nem acreditam mais que DEUS os possa curar.
Vemos com frequência hoje, a pregação de um evangelho mesquinho e indiferente para os bem sucedidos e pouco se sabe e se fala do rico Evangelho da Graça de DEUS para TODOS os cansados e oprimidos de Mateus 11:28, sejam eles ricos ou pobres, brancos ou pretos, altos ou baixos, crianças ou adultos, Xises ou Ypsilons.
O Evangelho verdadeiro não veste ternos de linhos, sapatos italianos ou anda em carros importados de luxo. Ele pode estar onde eu e você menos julgamos estar e às vezes até julgamos arrogantemente não estar. O próprio CRISTO escolheu uma manjedoura em vez de um palácio. DEUS não escolhe morar em um homem (ou mulher) por ele(a) ter em seu coração, carros importados, incríveis mansões, uma poltrona confortável ou uma cama macia. ELE escolhe um coração vazio onde haja de fato um lugar privilegiado para ELE no meio de toda essa parafernália.
“Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;” Rm 12:15
O que vejo hoje são três tipos de evangelho, os evangelhos de curto, médio e longo alcance.
O evangelho de curto alcance é um evangelho pregado e direcionado apenas para os próprios cristãos a fim de convence-los de seu estado de pecador perdoado. Muitos pregadores usam esse evangelho para pescar em aquários, pois é mais fácil ter membros já "domesticados" ao ter que trabalhar com quem precisa ser transformado.
O evangelho de médio alcance, é aquele dividido por aproximação e classe social. Ele alcança os “Garotinhos” e “Rosinhas” da vida e, algumas vezes, nossos melhores amigos. É evangelho pregado mais por status que para conversão, propriamente dita.
O evangelho de longo alcance é aquele que merece de fato ser pregado. Ele alcança tantos meninos e meninas de rua quanto seja possível, ele alcança prostitutas, travestis, homicidas e tantos quanto necessite dele. Ele não ver um rio passando entre ele e a pessoa necessitada, não ver os muitos olhos o julgando por estar juntos de pessoas que eles consideram desmerecedoras de tal gesto de amor porque ele entende perfeitamente o sentido da Graça que é um favor imerecido.
Mais graça e menos mérito.
Em Cristo Jesus,
Alex Holliwer